Na real, minha grana não dava pro taxi até o aeroporto e se não encarasse alguns minutos esperando o bus na Barra não voltava mais pra casa.
Conferi no celular. Já era cinco da matina,“Daqui a pouco clareia e já não tô mais aqui", pensei.
Não demorou pra surgir escura de um beco uma figura languida e descalça.
Só o notei, por não estar no meu lugar. Na minha terra, onde tudo é mais limpo e a gente é mais bonita, ele seria pisável, ignorável e talvez desprezível.
Mas a Barra não era meu lugar e nós dois sabíamos disso.
Chegou mais perto de sobre passo, como capoeira armando a vingativa, e ameaçou com seu bahianês: - Meu abençoado. Você ta perdido aqui, é? Aqui não tem ninguém por você não, vice? Passe logo sua mochila...
Olho riscado de vermelho e meio amarelado, cuspia fome, talvez larica, molhando meu rosto de raiva e alforria.
Serrei os punhos, mas não os usei. Minha voz é que foi a chibata:
Vaza daqui! Nego de...!
como tu escreve bem!! ;O
ResponderExcluirhahahaah
ResponderExcluirÓtimo final ;)
e nós dois sabíamos disso."
ResponderExcluirMuito massa e se lhe serve de incentivo: continue.
Leitores nem sempre escritores.
Porto da Barra....às 5:00 da matina, FODA!!!!
ResponderExcluirLembro da gente discutindo os horários dos ônibus e empresas para ligarmos e termos uma informação certa para vc não ficar horas na rua esperando o bus....
Ainda bem que sua voz foi forte como uma chibata!!!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito aprazível essas suas estorias cara, pode crer, ta muito bem escrito! é de uma grandiloquência respeitavel.
ResponderExcluirAbração!!!
Meu amigo, vou te dizer uma coisa: que grata surpresa estes teus textos!!!
ResponderExcluirMuito bom. Sabe quando a gente pensa "porra, eu queria ter escrito isso!" ?
Muito bom, muito bom!
Abraço,
de Bem